Projeto Luz e Vida: Missão Amazônia
3ª Viagem Missionária 2012-2013
Confins - MG
Porto Velho – RO
Manaus – AM
São Gabriel da Cachoeira -
AM
Manaquiri - AM
Amigos e Amigas do Projeto Luz e Vida: Missão
Amazônia,
Graça e Paz da parte do nosso Senhor e Salvador
Jesus Cristo!
Com muita alegria e satisfação queremos comunicar os primeiros resultados da 3ª
Viagem Missionária do Projeto Luz e Vida: Missão Amazônia, realizada entre os
dias 27 de dezembro de 2012 a 30 de janeiro de 2013 nas cidades de Confins, em
Minas Gerais; Porto Velho, em Rondônia e Manaus, São Gabriel da Cachoeira
e Manaquiri no Amazonas.
Mais uma vez agradecemos pela calorosa acolhida e
pela participação daquelas pessoas que, com um coração amável e desprendido,
contribuem para que o futuro que nós queremos seja edificado por meio da doce
comunhão que há entre nós.
Sociedade Bíblica do Brasil - SP
Compreendendo a necessidade de preservação e
valorização da cultura e tradição indígena nas ações missionárias de
evangelização, o Projeto Luz e Vida: Missão Amazônia adquiriu o Novo Testamento na Língua Tukano para atender às famílias Tukano e Tukanizados como os Dessana e Tuyúca que habitam as imediações da cidade de Manaus-AM.
Como os contatos com os indígenas se deram a partir
das famílias Dessana da Reserva de Desenvolvimento Sustentável de São João do
Tupé, na 1ª e 2ª viagens missionárias, procuramos providenciar também o Novo
Testamento na Língua Dessana com vistas ao atendimento de cerca de 2028 indígenas da etnia Dessana que habitam terras brasileiras, principalmente ao
longo do Alto Rio Negro no Amazonas.
Com ações simples e significativas como estas,
novas e importantes oportunidades surgirão entre as comunidades indígenas
brasileiras, permitindo que o Amor, a Paz e a Justiça sejam espalhadas por toda
a Terra, preservando e valorizando a espetacular diversidade etnocultural do
nosso país, bem como o direito e a autonomia do povo indígena brasileiro.
Em sua 3ª Viagem Missionária, o Projeto
Luz e Vida: Missão Amazônia conheceu as cidades de Confins e Lagoa Santa – MG e os
registros fósseis daqueles que teriam sido os primeiros habitantes da América
Latina e, consequentemente, os verdadeiros ancestrais dos indígenas que hoje
compõe aquilo que restou do cenário primitivo latinoamericano em função da torpe
ganância branca.
As cidades de Confins e Lagoa Santa, têm um
grande valor histórico e arqueológico, abrigando lagoas e grutas com muitas
evidências fósseis, inclusive da "Preguiça Gigante" com mais de três
metros de altura, além do “Homem de Lagoa Santa”, um crânio de 12.000 anos descoberto
em 1840 por Peter Lund, paleontólogo dinamarquês, na gruta do Sumidouro.
Confins é
referência obrigatória para os estudiosos de Arqueologia, Paleontologia e de
formações minerais. As ossadas pré-históricas retiradas das grutas de Confins, Lagoa Santa e Pedro Leopoldo,
fazem parte do acervo do Museu de História Natural da Quinta da Boa Vista, no
Rio de Janeiro e do Museu de Copenhague, na Dinamarca, que guarda o crânio que
ficou conhecido como “O Homem de Confins”,
um exemplar encontrado numa gruta da cidade.
Na Lapa Mortuária, uma missão arqueológica feita
por norte-americanos em 1950 encontrou 44 esqueletos, que hoje também estão no
museu do Rio de Janeiro. Talvez o mais importante achado arqueológico de
Confins seja o fóssil feminino apelidado de Luzia, encontrado no sítio
arqueológico Lapa Vermelha IV, localizado no município de Confins, apenas cerca
de 2 km ao norte da cabeceira 16 da pista do Aeroporto Internacional.
Descoberto no início da década de 70 pela
arqueóloga francesa Annette Laming-Emperaire, foi datado em 11 mil anos de
idade, muito mais antigo do que se presumia possível na América do Sul, e
provocou muita controvérsia e o surgimento de novas teorias sobre o povoamento
original do continente.
O Centro de Arqueologia Annette Laming Emperaire
(CAALE), criado em 1983 pela Prefeitura Municipal de Lagoa Santa, desenvolve e
coordena uma política de proteção do patrimônio arqueológico e divulga a
pré-história regional através do programa de Educação Patrimonial.
O CAALE é o primeiro núcleo de arqueologia criado
em nível municipal no país, oferece apoio institucional e reserva técnica a
projetos de pesquisa arqueológica e desenvolve pesquisas de campo para vistorias
e levantamentos onde há ocorrência de vestígios arqueológicos. Em parceira com
escolas, realiza, há mais de duas décadas, o Projeto “Museu vai à escola”.
Esse projeto objetiva também divulgar os resultados
de pesquisas científicas, em especial da região, tornando a comunidade
conhecedora do rico patrimônio existente. As ações do CAALE no âmbito da Área
de Proteção Ambiental Carste (APA Carste) de Lagoa Santa e do Parque Estadual
do Sumidouro são contínuas há mais de duas décadas, e têm como finalidade a
divulgação desse valioso patrimônio, visando à sua preservação.
Porto Velho – RO
O Projeto Luz e Vida: Missão Amazônia chegou à
cidade de Porto Velho-RO no dia 27 de dezembro de 2012. No dia seguinte
conheceu os locais de maior concentração de pessoas, onde geralmente estão os
turistas e, consequentemente aqueles que dependem deles para sobreviver.
O mesmo modelo de exploração, dependência,
empobrecimento e consequentes mazelas foi facilmente identificado. Pessoas em
situação de rua, alcoólatras e pedintes de todas as idades perambulam pelo
centro da cidade, caracterizando o injusto sistema econômico vigente.
Apesar disso encontramos uma cidade um pouco mais
organizada e solidária em relação a outras grandes cidades da Amazônia.
Apesar dos recursos limitados, Porto Velho pensa meios e soluções para um mundo
melhor.
A cidade gasta boa parte do tempo, buscando minimizar a
pobreza e a situação de vulnerabilidade social, principalmente por meio de
investimentos no desenvolvimento da economia solidária.
O alcoolismo continua sendo um ponto muito crítico
e delicado que inviabiliza o sucesso de qualquer empreendimento em alguns
grupos.
O Projeto encontrou igarapés muito poluídos e
partes das ruas obstruídas com sacos de lixo e restos mal destinados. Apesar
disso percebeu-se uma preocupação da administração pública com a implantação da
coleta de lixo seletiva em vários pontos da cidade com lixeiras coloridas de
acordo com o tipo de resíduos sólidos descartados.
Notou-se, com muita facilidade, que a maior parte
dos habitantes que conhecemos não compreende a razão do sistema de
gerenciamento de resíduos sólidos. As pessoas continuam lançando copos e sacos
plásticos nos rios com uma naturalidade tal que chama a atenção até dos mais
descuidados.
Em comparação à Manaus são poucas as palafitas e, consequentemente, menor os problemas de moradia adequada. Porém, em relação ao
lixo e ao entulho, encontrou-se uma situação equivalente, com funcionários públicos
cansados de remover resíduos sólidos todos os dias, diferenciando-se, porém por
uma visível vontade de mudança e pela notável disposição em sugerir soluções mais participativas nas questões ambientais.
O sistema de transporte fluvial, que cobre trechos
como Porto Velho – Manaus, vice-versa, parece considerar seres humanos como
mercadorias que se colocam em um barco e se entregam no final da viagem, ainda
que tenham que desembolsar um alto valor para poder se locomover.
Misturados às toneladas de cebolas, alhos e rações
animais os passageiros passam três dias e três noites em condições desumanas
amontoados uns sobre os outros em redes, colchões, bagagens, mudanças e até
animais domésticos à semelhança das incontáveis pilhas de sacos e caixas de
legumes que, às vezes, exalam um cheiro muito desagradável.
A valorização da cultura e da arte está em baixa em
Porto Velho. As peças expostas nas galerias de arte, principalmente públicas,
estão em péssimo estado de conservação e os edifícios muito mal preservados com
goteiras caindo constantemente nos salões de exposição e até mesmo sobre
algumas obras de arte.
Por outro lado, o artesanato regional tem sido uma
das formas de sustento de muitas famílias porto-velhenses e de diversas
famílias Karitiana, Kaxarari e Karipuna que constituem o cenário indígena de
Porto Velho.
A partir do desenvolvimento da economia solidária
em Porto Velho, acredita-se que a situação de vulnerabilidade e desvantagem
social de grande parte da população possa ser melhorada com o despertamento do
empreendedorismo existente em cada uma das comunidades, principalmente através
da produção de artesanato local e do desenvolvimento do turismo regional.
O respeito ao ser humano através da educação para a
sustentabilidade, o cuidado com o meio ambiente e com a destinação de resíduos
sólidos são caminhos apontados pelo Projeto Luz e Vida: Missão Amazônia para
que o progresso de Porto Velho seja constante, permanente e agradável.
“Tomou, pois, o SENHOR Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para
o cultivar e o guardar.” Gn 2.15
Feira da Economia Solidária – Porto Velho – RO
A Feira da Economia Solidária em Porto Velho, na
Estrada de Ferro Madeira Mamoré é uma realização da prefeitura de Porto Velho,
cujo projeto visa apoiar os trabalhadores autônomos, principalmente os artesãos
regionais. O programa reúne participantes que veem na iniciativa uma
oportunidade de comercializar seus produtos. O objetivo é dar visibilidade aos
produtos de Rondônia para aumentar as vendas e, consequentemente, as rendas.
A Ecosol acontece aos finais de semanas em PortoVelho, onde artesãos expõem e comercializam peças produzidas em madeira,
sementes, cerâmica, cipó, barbante, tecido entre outros.
O Projeto Luz e Vida: Missão Amazônia reuniu-se com
a Secretaria de Cultura de Porto Velho e afirmou seu compromisso com o
desenvolvimento sustentável da Amazônia. Na ocasião, a Secretaria de Cultura
presenteou o Projeto Luz e Vida: Missão Amazônia com o “Boneco Solidário”, um
brinquedo criado pela Associação dos Catadores de Porto Velho confeccionado a
partir de tampas de embalagens Pet e outros materiais plásticos.
O “Boneco Solidário”, assim apelidado pelo Projeto
Luz e Vida, foi apresentado em Brasília e tornou-se símbolo e estímulo para o
Projeto na criação de soluções para o Desenvolvimento Sustentável e a Economia
Solidária.
Terminal Hidroviário de Cai N’Água – Porto Velho -
RO
Através de um convênio entre o DNIT (Departamento
Nacional de Infraestrutura e Transporte) e a Prefeitura Municipal de PortoVelho, inaugurou-se em 30 de Julho de 2012 o Terminal Hidroviário de Cai
N’Água, localizado no Rio Madeira, na cidade de Porto Velho (RO). De acordo com
o DNIT o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), investiu cerca de R$ 13,9
milhões na obra.
O empreendimento beneficia um grande fluxo de
pessoas que utilizam o transporte hidroviário na região, representando um
diferencial na vida dos ribeirinhos, já que os passageiros tem mais conforto
até o ponto de embarque. Antes da construção do terminal, os usuários da
hidrovia precisavam descer e subir barrancos carregando bagagens. Também trará
melhorias no escoamento de mercadorias e produtos para as comunidades ao longo
do Rio Madeira, além de representar o incremento do turismo.
O Projeto Luz e Vida: Missão Amazônia esteve
durante três dias no Terminal, conhecendo as empresas de Transporte Fluvial que
fazem o trecho Porto Velho – Manaus bem como as pessoas que dependem dele para
se locomover. Constatou-se que, apesar das melhorias realizadas no porto, as
pessoas continuam sofrendo muito com o desconforto causado pela superlotação.
As embarcações saem completamente cheias de toda
variedade de produtos como cebola, batata, alho, mandioca, ovos, rações
animais, mobílias diversas, bicicletas, motocicletas, automóveis e até
caminhonetes.
Tudo isso junto a centenas de pessoas contadas entre mulheres,
crianças de colo e idosos que se amontoam uns sobre os outros, produzindo
periculosidades em termos de saúde, higiene e segurança, além de ter que
efetuar pagamento adiantado em dinheiro no valor de R$200,00 por pessoa.
O Projeto Luz e Vida: Missão Amazônia, deu início a
uma série de atividades educacionais a bordo do barco “Dois Irmãos I”,
contemplando o cuidado com a saúde pessoal, através de orientações e
distribuição de produtos para a saúde e higiene bucal e corporal, além de
literaturas infantis e para a família.
O Projeto voltou também sua atenção ao cuidado com
o meio ambiente através de ações educacionais para o reaproveitamento de
resíduos sólidos como latas de cerveja e refrigerantes que se acumulavam na
embarcação devido ao grande número de passageiros.
Inspirados pela literatura do Prof. Luiz Carlos
Ramos, com a personagem “Diva: a latinha que entrou para a história” e pelo
“Boneco Solidário” de Porto Velho, as latinhas foram transformadas, por cada
criança e familiares, em um personagem divertido, que serviu tanto como um novo
brinquedo como um simpático porta-lápis.
O resultado das atividades foi uma embarcação cheia
de crianças felizes, pais satisfeitos e um ambiente muito mais limpo e
agradável. Tudo conduzido pelo tema “Deus Criou a Amazônia! Deus Criou Você!”
“E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom” Gn 1.31
Associação dos
Povos Indígenas Karipuna (APOIKA) - Porto Velho – RO
No dia 01 de janeiro de 2013, o Projeto Luz e
Vida: Missão Amazônia esteve em reunião com o Sr. Adriano Karipuna, líder
indígena da etnia Karipuna, nas instalações da antiga Coordenação Técnica da
FUNAI em Porto Velho – RO.
O objetivo do Projeto era conhecer as necessidades
das comunidades que vivem na região e oferecer sua voluntariedade na defesa dos
direitos e autonomia do povo indígena.
Vinculada à Coordenação Técnica Regional de
Ji-Paraná, a FUNAI de Porto Velho foi uma das 300 coordenações técnicas locais
da FUNAI no Brasil vinculadas a 36 coordenações regionais que objetivam
estabelecer o diálogo com os indígenas e cumprir sua missão institucional,
estando próximas às Reservas.
Para a nossa surpresa e alegria, o Sr Adriano
Karipuna é um metodista wesleyano cheio do Espírito Santo. Com uma perspectiva
política indigenista moderna, progressista e engajada o líder Karipuna nos
recebeu com muita alegria e disposição interessado em construir parcerias que
promovam o avanço das conquistas indígenas em termos políticos, econômicos e
sociais.
Na reunião, o Projeto Luz e Vida: Missão Amazônia
teve a oportunidade de expressar seu interesse em participar dos processos de
alfabetização, inclusão digital e implantação do nível médio e superior em
comunidades não autônomas de Porto Velho por meio do sistema EAD através de
Universidades interessadas no progresso indígena, principalmente dos que se
encontram nas Reservas Karitiana, Kaxarari e Karipuna que compõe o cenário
indígena da cidade de Porto Velho em Rondônia.
Por sua vez, o Sr. Adriano Karipuna expressou seu
interesse na inclusão do povo indígena nos processos de desenvolvimento
tecnológico para o gerenciamento e proteção dos seus territórios, bem como de
sua preservação e manutenção com vistas ao desenvolvimento sustentável sem
prejuízo de sua cultura, língua e tradição, ao que o Projeto Luz e Vida: Missão
Amazônia, prontamente se propôs fazer, contribuindo da melhor forma possível em
tudo o que for necessário para garantir os direitos e a autonomia dos povos
indígenas em terras brasileiras.
De Porto Velho à Manaus: Evangelização e Ação
Social no “Dois Irmãos I”
A bordo do Barco “Dois Irmãos I”, partindo de PortoVelho-RO com destino a Manaus-AM com escalas nas cidades amazonenses de
Humaitá, Manicoré, Novo Aripuanã, Borba e Nova Olinda do Norte, o Projeto Luz e
Vida: Missão Amazônia deu início a uma série de atividades sociais e solidárias
durante sessenta horas de viagem por mais de 1230 km de navegação, envolvendo
crianças, adolescentes, pais e quase toda a tripulação.
Anunciando a criação de Deus por meio de Sua
Palavra e o Seu amor por cada uma de Suas obras, o Projeto Luz e Vida: Missão
Amazônia manteve a temática das duas viagens missionárias realizadas durante o
ano de 2012: “Deus Criou a Amazônia! Deus Criou Você!”.
Além das atividades culturais e recreativas, vários
passageiros tiveram a oportunidade de cortar os cabelos, fazer escova,
chapinha, mãos, pés e sobrancelhas. Rapidamente as crianças que não estavam
acostumadas a este tipo de atividade nas embarcações se aglomeraram em torno
dos trabalhos do Projeto, escolhendo passar a maior parte do tempo conosco.
Na parte superior do Barco “Dois Irmãos I” as
latinhas de cerveja e de refrigerantes consumidas por centenas de passageiros
se acumulavam. Sem qualquer orientação, algumas crianças e adolescentes
lançavam latinhas no Rio Madeira como se nada representasse a elas.
A partir desse momento decidimos dar início a uma
atividade específica. Inspirados pelo personagem “Diva” de Luiz Carlos Ramos
incentivamos as crianças a transformar cada latinha em personagens divertidos,
utilizando cartolina, papel crepom, cola, tesoura, lápis, giz de cera,
canetinhas coloridas e muita criatividade.
Em meio às brincadeiras apresentamos o “Boneco
Solidário”, um presente da Secretaria de Cultura de Porto Velho ao Projeto Luz
e Vida: Missão Amazônia como sinal de parceria no desenvolvimento de novas
formas de Economia Solidária em favor do município de Porto Velho e do Brasil
como um todo.
O “Boneco Solidário” é um brinquedo confeccionado a
partir de tampinhas de garrafas Pet e foi apresentado em Brasília como uma das
alternativas de fomento à Economia Solidária.
Ao final de cada atividade tínhamos um barco mais
limpo cheio de crianças felizes e pais satisfeitos por terem tido a
oportunidade de transformar a viagem em algo mais agradável e divertido,
participando de brincadeiras simples, porém cheias de sentido e significado.
Todos os participantes receberam lembrancinhas
contendo literatura infantil e para a família, porções das Escrituras, doces,
sabonetes, cremes e shampoos para higiene corporal além de folhetos de
disciplina cristã e do programa “Educar para Crescer” da Editora Abril.
De acordo com os pais e com a direção do Barco
“Dois Irmãos I” ninguém havia pensado na realização de atividades tão simples e
enriquecedoras como estas.
"Ensina a criança no caminho em que deve
andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele” Provérbios 22.6
De Manaus à São Gabriel da Cachoeira: Evangelização
e Ação Social no “Tanaka Neto V”
Ida e volta, foram 140 horas em seis dias de viagem
através da Amazônia nativa com milhares de ribeirinhos espalhados em pequenas
comunidades por mais de 2.120 km ao longo do grande Rio Negro nas duas margens,
quase ocultas por causa da densa e exuberante cobertura florestal, em meio a
qual também se conheceu cidades economicamente importantes deste trecho como
Moura, Barcelos e Santa Isabel.
Apesar do relativo conforto oferecido pelo “TanakaNeto V”, observou-se uma situação semelhante a que experimentamos no “Dois Irmãos I”. Dessa forma, decidiu-se também reproduzir os trabalhos de evangelização,
ação social, educação ambiental e sustentabilidade já que o sucesso destas
ações no trecho Porto Velho – Manaus havia sido total.
Desta vez decidiu-se remover a parte superior das
latinhas de refrigerante e cerveja e utilizar embalagens de suco e garrafas Pet
dando-lhes dupla função: um brinquedo divertido e um porta-lápis muito
simpático, além da opção de transformá-las em porta-sabonetes e porta-trecos.
Devido ao novo movimento produzido na embarcação,
quase todas as crianças que podiam utilizar um lápis, cola e tesoura, estiveram
em companhia do Projeto durante todo o percurso, pondo em prática sua
criatividade, talento e imaginação na personalização de suas embalagens
animadas.
Acrescentaram-se ainda contos e estórias, trazendo
de volta as aventuras da “Diva” de Luiz Carlos Ramos e do “Boneco Solidário” da
Secretaria de Cultura de Porto Velho. Incluíram-se brincadeiras de roda como
“Conhecendo o outro” e “Quem sou eu”, confecção de bijuterias com participação
dos pais e pinturas de desenhos de animais amazônicos, seguindo orientações
importantes para o cuidado e preservação do seu meio ambiente sob o tema “Deus
Criou a Amazônia! Deus Criou Você!”
Os dez passos para a educação do Programa
“Educar para Crescer” da Editora Abril foram ministrados aos pais junto com os
filhos e filhas, além de programas de prevenção contra o alcoolismo e o HIV.
Distribuiu-se cartilhas para as crianças no formato “Gibi” com orientações
valiosas para o cuidado com a saúde pessoal e da família, além de cartilhas
voltadas para a educação e higiene bucal.
Em todas as ações procurou-se destacar o
cuidado e o amor de Deus para com o ser humano e sua criação, enfatizando a
importância do respeito e da dignidade humana diante de tudo que está à
disposição na natureza, incluindo as águas, florestas, mares, céus e tudo que
neles há, com especial atenção aos povos indígenas, os mais sábios protetores
da natureza criada por Deus.
“... fez o SENHOR os céus e a terra, o
mar e tudo o que neles há...”
Êx 20.11
Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro
(Foirn) – São Gabriel da Cachoeira - AM
A Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro
(FOIRN) é uma associação civil sem fins lucrativos, sem vinculação partidária
ou religiosa, fundada em 30 de abril de 1987.
A FOIRN tem como missão defender os direitos dos
povos indígenas que habitam a bacia do rio Negro localizada no Noroeste
Amazônico, estado do Amazonas, Brasil.
É composta de 89 associações indígenas de base que
representam cerca de 750 aldeias. Sua área de abrangência corresponde a 108
milhões de km2, onde vivem mais de 35 mil índios, pertencentes a 23 grupos
étnicos, representantes das famílias linguísticas Tukano Oriental, Aruak e
Maku.
Chegando a São Gabriel da Cachoeira - AM o Projeto
Luz e Vida: Missão Amazônia seguiu diretamente para a FOIRN, onde conhecemos o
Sr Maximiliano, líder indígena da etnia Tukano e ex-presidente da Federação que
nos atendeu prontamente e nos concedeu uma enriquecedora entrevista com
depoimentos muito importantes sobre a atual situação indígena brasileira
através de uma verdadeira aula sobre os povos do Rio Negro, bem como das
experiências, sonhos e aspirações para 2013.
Conhecemos também o Sr. Juscelino, secretário de
saúde da Federação e pertencente à etnia Baré e o Pastor Graciliano da etnia
Baniwa, um líder indígena cheio de esperanças em Deus, grandes expectativas
para o ano de 2013 e líder da Comunidade Cabari, onde com as devidas
autorizações, realizamos um lindo trabalho social e evangelístico.
Ex-presidente da Foirn, Sr.
Maximiano (Tukano),
Sr. Juscelino (Baré), secretário de educação, e pastor Graciliano (Baniwa) (tukanizados),
Todos os líderes foram presenteados com um lindo
exemplar do Novo Testamento em Língua Tukano com letras douradas. No
entanto, já há planos para adquirir no exterior, exemplares nas línguas
indígenas não oficiais do médio/alto Rio Negro formadas por outras 20 etnias,
de modo que cada povo possa ler a Palavra de Deus em sua própria língua
materna, garantindo maior clareza e entendimento acerca da Palavra de Deus.
Comunidade Indígena Cabari – Território Baniwa em São Gabriel da Cachoeira -
AM
A Comunidade Cabari é uma aldeia indígena não muito
isolada que fica ao lado direito do Rio Negro além da cidade de São Gabriel da Cachoeira-AM. O acesso só é possível por meio de “rabeta” e de um morador muito
experiente devido ao perigo oferecido pela grande quantidade de pedras
submersas.
Subir o Rio Negro além da Comunidade Cabari exige
mais experiência ainda, pois o trecho é tão difícil que nem mesmo os peixes da
região são encontrados no local. Para pescar é preciso descer o rio até um
ponto onde as águas sejam mais calmas.
Com 106 habitantes distribuídos em 16 famílias com
cerca de 35 crianças, a Comunidade Cabari é dirigida pelo líder Baniwa Sr.
Graciliano Henrique, pastor evangélico que além de cuidar da organização
política e educacional da comunidade como professor, também é sacerdote
espiritual para seu povo.
Conhecemos o Pr. Graciliano por ocasião de nossa
visita à Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN). Também em
visita à Federação para ajustar detalhes sobre gestão de processos educacionais
em sua comunidade, o Pr. Graciliano não pôde deixar de ouvir a proposta de
intervenção que o Projeto Luz e Vida: Missão Amazônia apresentava ao
ex-presidente da FOIRN, Sr. Maximiliano Tukano, sobre a implantação de sistemas
de inclusão digital, ensino médio e EAD para cursos de nível superior em
convênio com Universidades interessadas no programa indígena.
Entendendo ser uma resposta às suas orações, o Pr.
Graciliano nos conduziu ao interior de sua comunidade e nos mostrou um pouco da
realidade indígena do Médio Rio Negro. Ficamos impactados pelo intenso desejo
demonstrado por ele em concluir o templo evangélico que iniciou na comunidade
para adorar a Deus.
Também conhecemos os rudimentos das instalações da
escola indígena que também começou a construir na aldeia, mas como acontece na
maioria das vezes, os políticos fazem promessas aos indígenas, mas não as
cumprem, fazendo com que o desenvolvimento comunitário permaneça sempre
inconcluso.
Lançamos o desafio de desenvolver um centro de
inclusão digital na comunidade e angariar fundos para a conclusão do Templo
Evangélico e da Escola Indígena, cujas obras estão paradas há anos pela falta
de recursos e investimentos.
Como em outras aldeias, a Comunidade Cabari possui
professores qualificados ao ensino fundamental e médio. Não existe, porém, um
sistema educacional legal para que possam exercer este ofício, de modo que o
ensino seja reconhecido pelas autoridades competentes.
Por esta razão, o Projeto Luz e Vida: Missão
Amazônia comprometeu-se a lutar para que este direito humano seja levado também
às comunidades indígenas do Rio Negro, a começar pela Comunidade Cabari.
De um modo diferenciado, a grade curricular deve
contemplar conteúdos que realmente representem a realidade, história, cultura e
tradições indígenas que compõe a magnífica diversidade étnica brasileira sem,
porém, deixar de capacitar cada comunitário para o exercício das profissões que
requeiram conhecimentos técnicos especializados, inclusive no que tange à área
de saúde, já que os medicamentos básicos necessários não chegam mais à
Comunidade Cabari.
Sendo assim, o Projeto Luz e Vida: Missão Amazônia
comprometeu-se a unir forças na luta por melhores conquistas nesta área, por
meio da implantação de uma Unidade Básica de Saúde semelhante à “Casa do Médico
da Família” que ocorre em Manaus.
Queremos, portanto, registrar aqui nosso clamor
para que as autoridades competentes reconheçam a grade curricular do nível
médio para o povo indígena e ofereçam cursos profissionalizantes que garantam o
sustento das famílias que compõe as populações indígenas da Calha do Rio Negro e
das demais regiões do Brasil, a começar pela Comunidade Cabari no Município de
São Gabriel da Cachoeira no estado do Amazonas, inclusive como forma de
compensação pelos séculos de espoliação praticada contra povos indígenas em
todo o país durante toda a história de ocupação e desenvolvimento comercial,
industrial e tecnológico.
Clamamos também para que
pessoas que se preocupam com o desenvolvimento sadio, seguro e sustentável dos
povos indígenas colaborem com a conclusão do Templo Evangélico e da Escola
Indígena na Comunidade
Cabari no Território Baniwa,
a fim de que afirmemos nosso testemunho como exemplo e incentivo às mais de
33.000 comunidades indígenas e ribeirinhas espalhadas em toda a Amazônia
Brasileira.
As atividades do Projeto Luz
e Vida: Missão Amazônia na Comunidade
Cabari continuaram com as
crianças, realizando pinturas de desenhos com lápis de cor, giz de cera e
canetinhas coloridas.
Seguimos com o
Programa Educar para Crescer da Editora Abril, com os dez passos para a
educação, com a orientação para a saúde e higiene bucal com distribuição de
escovas de dente, creme e fio dental para todos os presentes, juntamente com
orientações muito importantes da cartilha de higiene bucal da Secretaria de
Saúde de São Gabriel da Cachoeira, além de campanhas
contra o uso indevido de bebidas alcoólicas, drogas e prevenção contra o HIV
com farta orientação e distribuição de preservativos.
Foram distribuídas
cartilhas ilustradas com orientações contra ataques de morcegos a seres humanos
e higiene na produção e manuseio do açaí, uma das mais importantes fontes de
renda das comunidades indígenas e ribeirinhas na região. Tudo ministrado sob a
luz da Palavra de Deus com o tema “Deus Criou a Amazônia! Deus criou Você!”
Instituto Socioambiental (ISA) e Fundação Nacional
do índio (FUNAI) em São Gabriel da Cachoeira - AM
O Instituto Socioambiental (ISA) é uma associação
sem fins lucrativos, qualificada como Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público (Oscip), desde 21 de setembro de 2001. Fundado em 22 de abril
de 1994, o ISA incorporou o patrimônio material e imaterial de 15 anos de
experiência do Programa Povos Indígenas no Brasil do Centro Ecumênico de
Documentação e Informação (PIB/CEDI) e o Núcleo de Direitos Indígenas (NDI) de
Brasília. Ambas, organizações de atuação reconhecida nas questões dos direitos
indígenas no Brasil.
Secretárias
do ISA fornecem dados e informações ao Projeto Luz e Vida sobre comunidades
indígenas do Rio Negro
Sua Missão é de propor
soluções integradas a questões sociais e ambientais com o objetivo de defender
bens e direitos sociais, coletivos e difusos relativos ao meio ambiente, ao
patrimônio cultural, aos direitos humanos e dos povos.
A Fundação Nacional do Índio em São Gabriel daCachoeira é um órgão do governo brasileiro que lida com todas as questões
referentes às comunidades indígenas e às suas terras.
A FUNAI foi criada através da Lei nº 5.371, de 5 de
Dezembro de 1967, para proteger e dar suporte aos índios, promovendo políticas
de desenvolvimento sustentável das populações indígenas.
Entre muitas outras atribuições da Coordenação
Regional da FUNAI em São Gabriel da Cachoeira, o coordenador Domingos Barreto,
da etnia Tukano, programa e monitora ações de proteção territorial e de
promoção dos direitos socioculturais dos povos indígenas, programa ações de
promoção ao desenvolvimento sustentável e de etnodesenvolvimento econômico,
ações de preservação do meio ambiente, promove a cultura indígena, monitora e
apoia as políticas de educação e saúde para os povos indígenas e elabora os
planos de trabalho regional.
O encontro do Projeto Luz e Vida: Missão Amazônia
como o ISA e com a FUNAI de São Gabriel da Cachoeira gerou novas expectativas e
produziu importantes ideias e soluções para as comunidades em situação de
desvantagem e vulnerabilidade social que são a razão de ser do Projeto Luz e
Vida.
Para nossa alegria, o Sr. Domingos Barreto é
teólogo formado pela Ordem dos Salesianos, o que redundou numa excelente
parceria na busca do bem estar das populações indígenas do Rio Negro.
O Sr. Domingos recebeu do Projeto Luz e Vida:
Missão Amazônia um lindo exemplar do Novo Testamento na Língua Tukano, e assim,
poderá ler a Palavra de Deus em sua própria língua.
Coordenador Geral da
FUNAI, Sr. Domingos Barreto Tukano recebe
A Escola Indígena
Baniwa e Coripaco é um sonho que está se tornando realidade entre os povos
indígenas do Rio Negro, estimulando as etnias de todo o Brasil a construir sua
própria grade curricular de acordo com a realidade sociocultural em que estão
inseridas.
Novos e importantes modelos de gestão educacional e
gestão ambiental estão surgindo, mas ainda há muito que fazer, principalmente
em relação àquelas comunidades indígenas mais isoladas onde o acesso dos
próprios moradores se torna perigoso e, às vezes, impossível.
Levar o Amor de Deus a estas comunidades através de
soluções práticas, produtivas e permanentes é o principal objetivo do Projeto
Luz e Vida: Missão Amazônia para as próximas viagens missionárias.
Bairro Crespo em Manaus - AM
O Crespo é um pequeno bairro situado na Zona Sul da
cidade brasileira de Manaus, capital do Amazonas. Possui sistema de transporte
coletivo com algumas linhas de ônibus que liga o centro ao bairro.
Surgiu em 1888, mas o seu povoamento deu-se na
década de 60 com a implantação do Distrito Industrial, quando as máquinas
começaram a cortar as ruas que hoje dão acesso ao Distrito.
Para descanso das máquinas os tratoristas deixaram
uma imensa "bola" entre as Av. Costa e Silva e estrada do aeroporto
Ponta Pelada, que hoje se chama "Bola
da Suframa”, mais tarde nomeada de Praça Francisco Alves Ferreira.
Uma das primeiras empresas do bairro foi a
Lisbomassa que até hoje fabrica o café mais famoso da cidade "o Café
Manaus, o café da neguinha", através do qual o já falecido proprietário,
senhor Lisboa, tornou-se conhecido na região.
Apesar de ser quase 100% urbanizado e com mais de
cem anos, o Crespo não tem hospitais e a população precisa dirigir-se
aos bairros vizinhos para receber atendimento médico.
Com o crescimento populacional na gestão do então
governador Gilberto Mestrinho, foi construída a maior escola estadual da
capital, a “Escola Estadual Gilberto Mestrinho III” (GM3), localizada na Rua da
Paz. Surgiram também áreas de lazer como o campo da Lusitânia, mais conhecido
como "campão".
Em 1995 houve uma invasão de mais de 50 famílias em
área pertencente à Suframa. Várias vezes a polícia tentou retirá-las, mas os
moradores resistiram até que a arquidiocese de Manaus enviou uma de suas
missionárias, a freira conhecida como Irmã Helena que lutou junto a Câmara dos
Deputados e órgãos de habitação até que, por determinação da justiça, a
prefeitura foi obrigada a lotear a área em favor dos novos moradores.
Inicialmente chamada de “Villa Arco Íris”, foi posteriormente incorporada ao
Bairro Crespo.
Infelizmente, o Bairro Crespo, também conhecido
como “40”, sofre com altos índices de violência, morte e insalubridade. A
comunidade possui baixa infraestrutura e, há mais de 100 anos, é nota zero em
serviços de saneamento básico e saúde. A falta de vagas escolares e em creches
produz ociosidade, marginalização e severo atraso na vida escolar e na formação
profissional. O custo de vida é elevadíssimo, a oferta de trabalho e emprego
com carteira assinada é limitada e o transporte urbano custa caro à população.
Em meio a esta realidade o Projeto Luz e Vida:
Missão Amazônia, procura levar esperança, paz e alegria a uma população
totalmente esquecida e exausta pelo constante sofrimento, desenvolvendo
atividades socioculturais e socioeducativas com crianças, adolescentes, jovens
e seus pais, levando amor e atenção a todos os lugares onde pode chegar.
O Projeto reforçou sua campanha comunitária a fim
de disseminar a educação para a sustentabilidade através do ensino sobre a
coleta, seleção, reaproveitamento e reciclagem de materiais, defesa e
preservação dos recursos naturais e cuidados com a higiene pessoal, familiar e comunitária,
objetivando uma relação mais segura, saudável e permanente com o meio ambiente
e seus ecossistemas.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Crespo_%28Manaus%29
População Indígena de São João do Tupé, Manaus - AM
Os Dessana são um grupo indígena que habita o
Noroeste do estado do Amazonas, mais precisamente nas áreas indígenas Alto Rio
Negro, Médio Rio Negro I, Médio Rio Negro II, Pari Cachoeira I, Pari Cachoeira
II, Pari Cachoeira III, Taracuá, Yauareté I e Reserva Indígena Balaio, além da
Colômbia.
Evangelização Dessana,
São João do Tupé, Manaus - AM
Os Dessana autodenominam-se Umükomasã, ou “gente do universo”.
Sua língua é reconhecida na família linguística Tukano oriental.
Distribuem-se pela bacia do Rio Uaupés, afluente do
alto curso do rio Negro e outras bacias vizinhas ao sul. A maioria fala
pelo menos duas línguas e frequentemente compreende outras, privilegiando a
língua materna nas conversas cotidianas.
Os Dessana são um dos dezesseis
povos da família linguística Tukano oriental que moram
no Brasil e na Colômbia. São aproximadamente 1,5 mil indivíduos no Brasil,
distribuindo-se em cerca de 60 comunidades misturadas à comunidades de outros
povos da mesma família linguística.
Os Dessana, como outros povos das terras baixas da
América do Sul, distinguem várias categorias de especialistas rituais que
exercem as funções de prevenção e cura de doenças segundo a fonte do seu poder
e a natureza de suas práticas terapêuticas: os yea, ou xamãs-onça, e os kumu,
ou xamãs-rezadores.
Os yea, cujo poder advém do contato estabelecido
com os espíritos por meio da inalação do pó de paricá, são descritos como tendo
a capacidade de se transformar em onça (daí o seu nome) para realizar certas
tarefas.
Eles efetuam as curas xamânicas através de diversas
técnicas de manipulação do corpo (massagens, sucção, etc.) que visam extrair do
doente o objeto patogênico. Os kumu, sábios e especialistas religiosos,
também utilizam em seus rituais coca, tabaco e ayahuasca (Fonte: ISA).
Sem interferir na cultura e tradição indígenas, o
Projeto Luz e Vida: Missão Amazônia procura levar o amor de Deus por meio de
suas ações, levando consigo a Palavra de Deus e o conteúdo orientador fornecido
pelo Plano Nacional Missionário 2012-2016 e as Diretrizes Pastorais para a Ação
Missionária Indigenista, crendo que Deus ama a todos de igual modo e
intensidade.
Na Reserva de Desenvolvimento Sustentável de São
João do Tupé, sob jurisdição do município de Manaus - AM, existem duas grandes
famílias indígenas predominantes, cujos líderes são da etnia Dessana: os irmãos
Raimundo Veloso Vaz (Pajé) e o Sr. Domingos Sávio Veloso Vaz
(Cacique).
Ambos empreendem esforços para a difusão do
conhecimento da cultura tradicional, direito e autonomia do povo indígena,
especialmente das etnias Dessana, Tuyúca e Tukano que habitam a região
do médio e alto Rio Negro no estado do Amazonas, bem como a Comunidade do Tupé, em Manaus.
Como a língua Tukano é a mais difundida entre estes
povos, o Projeto Luz e Vida: Missão Amazônia levou até eles o Novo TestamentoTukano que poderá ser lido pela maioria dos indígenas que habitam a região do
Tupé, principalmente os da própria etnia Tukano que terão o prazer de conhecer
a Palavra de Deus em sua língua materna.
O Pajé Kíssibi Kumu, que domina nove línguas,
pediu que levássemos também à comunidade o Novo Testamento em Língua Dessana, já que esta possui suas
especificidades, a fim de garantir preservação à sua cultura e tradição
por meio de textos que lhe sejam ainda mais familiares do que a tradução
em Tukano e Tuyúca, etnias também presentes
na Reserva de Desenvolvimento Sustentável de São João do
Tupé.
ALVES, Isidoro. As entidades sobrenaturais na
cosmologia Desana. Teoria, Debate, Informação, Belém : Associação Regional dos
Sociólogos, n.3, p.1-31, abr. 1977.
EKSTA, Casimiro. A Maloca Tukano-Desana e seu
simbolismo. Manaus : Univ. do Amazonas, 1984. 126 p. (Dissertação de Mestrado)
FERNANDES, Américo Castro; FERNANDES, Dorvalino
Moura. A mitologia sagrada dos antigos Desana do grupo Wari Dihputiro Põrã.
Igarapé Cucura : Unirt ; São Gabriel da Cachoeira : Foirn, 1996. 196 p.
PÃRÕKUMU, Umúsin Panlõn; KENHÍRI, Tõrãmu. Antes o
mundo não existia: a mitologia heróica dos índios Desana. São Paulo : Livraria
Cultura, 1980. 240 p.
Município de Manaquiri - AM
Manaquiri é mais um encantador município brasileiro
do estado do Amazonas, situado cerca de 50 quilômetros ao sul de Manaus, capital
do estado. Sua altitude é de apenas 48 metros acima do nível do mar e
pertencente à Mesorregião do Centro Amazonense e Microrregião de Manaus, sendo
um dos municípios que integram a Região Metropolitana da capital. De acordo com
o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sua população é de
aproximadamente 24.325 habitantes.
Instalações da recém-inaugurada Igreja Metodista em Manaquiri – AM
O povo de Manaquiri, como a maioria dos povos
amazônicos, possui uma notável simpatia, simplicidade e hospitalidade que nos
convida a repensar os atuais modelos de gestão eclesiástica e empresarial que,
muitas vezes, parecem mais com as antigas formas de dominação, colonização e
exploração humana e ambiental que caracterizam toda a história do povo
brasileiro, cujos traços modernos ainda lembram sua subjugação.
Isto nos leva a refletir se realmente temos algo a
ensinar a estes povos ou, se na verdade, temos mesmo é que nos humilhar,
reconhecendo nossa participação ativa nos processos de empobrecimento de
importante parcela da população brasileira e latino-americana a fim de se
alcançar a sabedoria necessária para aprender mais com este povo tão nobre e
especial.
Todo o material excedente utilizado nas ações de
evangelização e ação social do Projeto Luz e Vida: Missão Amazônia realizadas
em Confins – MG, Porto Velho – RO, Manaus e São Gabriel da Cachoeira – AM,
foram deixados na recém-inaugurada Igreja Metodista em Manaquiri – AM como
forma de contribuição, incentivo e apoio às atividades que foram iniciadas na
região.
Todos estes trabalhos e outros que precisam ser
feitos, podem ser realizados com maior eficiência à medida que pessoas como
você contribuem com um coração disposto, ajudando a construir o futuro que nós queremos: um lugar cada vez melhor para viver e servir.
Agradecemos por todas as suas contribuições,
pedindo suas orações para que outras pessoas possam ter a oportunidade de
conhecer este maravilhoso projeto missionário.
Que Deus continue abençoando mais e mais e que o
ano de 2013 lhe seja repleto de alegrias e de bênçãos sem medida!
No Amor de Cristo,
"Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura" Mc
16.15
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