The New Testament in the Wapishana Language
Edição 2012
"KAIMANAꞌO TOMINKARU PARADAN"
"Wapichan Paradan Idaꞌanaꞌo"
Wapixana
Nome alternativo: Uapixana, Vapidiana, Wapichan,
Wapichana, Wapisana, Wapishshiana, Wapisiana, Wapitxana, Wapixana, Wapishana, Wapichana
Onde
estão - Quantos são
RR -
7.832 (Funasa, 2010)
Guiana -
6.000 (Forte, 1990)
Venezuela
- 17 (INE, 2001)
Família
linguística: Aruak
Além do
vale do rio Uraricoera, os Wapixana ocupam tradicionalmente o vale do rio
Tacutu, ao lado dos Makuxi, os quais habitam também a região de serras mais a
leste de Roraima. Atualmente, os Wapixana são uma população total de cerca de
13 mil indivíduos, habitando o interflúvio dos rios Branco e Rupununi, na
fronteira entre o Brasil e a Guiana, e constituem a maior população de falantes
de Aruak no norte-amazônico.
No que é
hoje o território wapixana, distribuídos entre o vale do rio Branco (no Brasil)
e o vale do Rupununi (na Guiana), distinguiam-se, até os anos trinta e quarenta
do século XX, os seguintes grupos: Vapidiana-Verdadeiro, Karapivi, Paravilhana,
Tipikeari, Atoradi (também grafado Aturaiú ou Atorai), Amariba, Mapidian
(Mapidiana, Maopityan) e Taruma (Farabee, 1918; Herrmann, 1946).
Segundo
Herrmann (1946), com base no registro do missionário beneditino M. Wirth, os
Vapidiana-Verdadeiro localizavam-se desde a serra Urocaima, entre os rios Parimé
e Surumu; os Karapivi, nos rios Surumu, cotingo e Xumina; os Paravilhana, no
rio Amajari; os Tipikeari, entre os rios Uraricoera, Mocajaí e Cauamé; e os
Atoradi, na serra da Lua. Os Amariba, Mapidiana e Taruma, etnônimos registrados
por Farabee, localizar-se-iam principalmente no vale do rio Rupununi.
Nas
fontes coloniais, tais etnônimos são dados por povos ou “nações” distintas.
Farabee afirma que, historicamente, os Wapixana teriam se expandido em direção
ao leste, e neste processo teriam incorporado estes grupos, próximos linguística
e culturalmente, que beiravam a extinção, em virtude de epidemias advindas do
contato com os brancos.
Tal
hipótese é sustentada por autores posteriores como Butt-Colson (1962) e
Migliazza (1980). Não há, porém, comprovação documental de uma expansão dos
Wapixana em direção ao leste, tendo por epicentro o vale do rio Uraricoera,
sequer da ocorrência de epidemias que tenham vindo a dizimar estas populações
entre o fim do século XIX e as primeiras décadas do século XX, como sugere
Farabee.
Mais
plausível parece ser a hipótese de Janette Forte e L. Pierre (1990) de que, ao
mesmo tempo em que tais etnônimos, designando subgrupos dialetais, teriam caído
em desuso, o etnônimo Wapixana teria se alargado de modo a abranger todos os subgrupos,
entre os quais ainda se verifica ligeira variação dialetal. Tal hipótese condiz
mais com a imagem projetada pelos próprios Wapixana, que hoje veem uma única
distinção, posta em termos de variação dialetal, entre os habitantes do vale do
rio Uraricoera e aqueles do Tacutu/Rupununi.
Língua
Do ponto
de vista da classificação genética, a língua Wapixana é considerada como
pertencente à família Aruak (ou Arawak) (Rodrigues, 1986). O termo Arawakan
corresponde ao emprego mais geral da denominação da língua Arawak ou Lokono
falada na Venezuela, na Guiana, no Suriname, na Guiana Francesa e em algumas
ilhas antilhanas. Outro termo usado para designar a família Aruak é Maipuran.
Especialmente
para os Wapixana que vivem no lado brasileiro, nos arredores dos centros
urbanos, o zelo pela língua materna é bastante significativo, pois, como atesta
o levantamento sociolinguístico elaborado por Franchetto (1988), há duas
realidades no que concerne ao uso da língua nativa pelos Wapixana.
Aqueles
que habitam as proximidades dos centros urbanos convivem com uma situação de bilinguismo
envolvendo o português e o Wapixana, com uma crescente predominância da língua
portuguesa, especialmente, entre as gerações mais jovens. Diferentemente, para
aqueles que vivem em malocas mais distantes das cidades e mantém contatos
constantes com os parentes na Guiana, a língua materna se mantém numa situação
quase plena de monolingüismo.
Segundo
Migliazza (1980), mais de 80% dos Wapixana podem falar a língua nacional com a
qual estão em contato, ou português no Brasil ou o inglês na Guiana, e 30%
deles podem também falar Makuxi ou Taurepang, ambas línguas pertencentes à
família Karíb.
Na
realidade, considerando a facilidade de se ultrapassar a divisa entre os dois
países, é comum encontrar, no lado brasileiro, pessoas que falem, além de sua
língua materna, o português e o inglês. Há, por outro lado, pessoas mais velhas
que moram em malocas distantes e de difícil acesso e que falam apenas sua
própria língua. Na época da pesquisa de
Migliazza (1985), o número de falantes do Wapixana girava em torno de 60% da
população. Segundo os dados do Núcleo Insikiran de Formação Indígena, em 2003
esse percentual encontrava-se reduzido para apenas 40%.
Localização
A região
de campos (ou do lavrado) compreende a área que vai do rio Branco ao rio
Rupununi, região de divisão das águas das bacias do rio Amazonas e do rio
Essequibo. Configuração singular circundada por floresta e montanha, pertence
geologicamente ao escudo cristalino das Guianas que margeia a planície
amazônica e, mais alta do que esta última, encontra-se de 91 mil a 152 mil
metros acima do nível do mar. Ao norte e a oeste, os campos são limitados
abruptamente pela cordilheira da Pacaraima; ao leste e ao sul, a transição para
a floresta amazônica se faz de modo mais lento, adensando a vegetação e
amiudando as montanhas.
Em
território brasileiro, na porção nordeste de Roraima, as aldeias wapixana
localizam-se predominantemente na região conhecida por Serra da Lua, entre o
rio Branco e o rio Tacutu, afluente do primeiro. No baixo rio Uraricoera, outro
formador do rio Branco, as aldeias são, em sua maioria, de população mista,
Wapixana e Makuxi. Aldeias mistas, Wapixana e Makuxi ou Wapixana e Taurepang,
ocorrem igualmente nos rios Surumu e Amajari.
A
extensão contínua do território wapixana, no Brasil, foi abusivamente retalhada
para fins de demarcação oficial, ao final dos anos oitenta. Àquela época, foram
recortadas pequenas áreas indígenas, em que os Wapixana viviam uma verdadeira
situação de confinamento, em terras cercadas e, em sua maioria, invadidas por
fazendas de gado. Vivem em diversas Terras Indígenas, muitas das quais são
compartilhadas com outros povos, como os Makuxi, os Taurepang, os Ingarikó e os
Patamona.
http://pib.socioambiental.org/pt/povo/wapixana
Veja também:
1. Desano,
Novo Testamento:
2. Desano,
Passagens do Antigo Testamento:
3.
Guajajara, Antigo Testamento:
4. Guajajara,
Bíblia Sagrada:
5.
Guajajara, Novo Testamento:
6. Macuxi,
Novo Testamento:
7. Ticuna,
Novo Testamento:
8. Ticuna,
Seleções do Antigo Testamento:
9. Tukano,
Novo Testamento:
10. Tuyuca,
Novo Testamento:
http://projetoluzevidamissaoamazonia.blogspot.com/2014/05/el-nuevo-testamento-en-tuyuca-edicao.html
Participe deste Projeto!
Ajude a Construir o Futuro que Nós Queremos!