O Filme Jesus no Dialeto Jarawara
[Língua Jamamadí]
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Pajé Jarawara. Aldeia Água Branca.
Foto: Julien Feron, Agosto 2006
Global Recordings Network
Boas Novas Jarawara
Número do Programa: A34380
Nome do Idioma: Jarawara
Nome do Idioma: Jarawara
Duração do Programa: (59:05 min.)
1. Espírito de Deus (Dueto)
(0:22 min.)
2. Lúcifer II (2:53 min.)
3. Quadro 1: No início (0:35
min.)
4. Quadro 2: A Palavra de
Deus (0:45 min.)
5. Quadro 3: Criação (1:24
min.)
6. Quadro 4: Adão e Eva (4:28
min.)
7. Quadro 5: Caim e Abel (1:44
min.)
8. Quadro 6: Arca de Noé (2:45
min.)
9. Quadro 7: A inundação (1:34
min.)
10. Quadro 8: Abraão, Sara
e Isaque (1:12 min.)
11. Quadro 9: Moisés e a
Lei de Deus (1:10 min.)
12. Quadro 10: Os Dez
Mandamentos (1:47 min.)
13. Quadro 11: Sacrifício
pelo pecado (1:11 min.)
14. Quadro 12: Um Salvador
Prometido (1:41 min.)
15. Quadro 13: O nascimento
de Jesus (1:28 min.)
16. Quadro 14: Jesus, o
Mestre (1:37 min.)
17. Quadro 15: Milagres de
Jesus (2:44 min.)
18. Boa Notícia (0:07 min.)
19. Quadro 16 – Sofrimento
de Jesus (1:23 min.)
20. Quadro 17: Jesus é
crucificado ▪ Jesus na cruz (2:34 min.)
21. Quadro 18: A
ressurreição (1:12 min.)
22. Quadro 19: Tomé crê (1:46
min.)
23. Quadro 20: Ascensão ▪ Jesus subiu (3:47 min.)
24. Quadro 21: Por que
Jesus morreu? (1:13 min.)
25. Quadro 22: As duas
estradas (1:09 min.)
26. Quadro 23: Filhos de
Deus ▪ Espírito de Deus
(Dueto) (4:08 min.)
27. Quadro 24: Novo nascimento
(1:37 min.)
28. Quadro 25: O Espírito
Santo vem (1:18 min.)
29. Quadro 26: Andando na luz
(1:18 min.)
30. Quadro 27: Uma nova
pessoa (0:46 min.)
31. Quadro 28: A família cristã
(2:06 min.)
32. Quadro 29: Ame seus
inimigos (0:43 min.)
33. Quadro 30: Jesus é o
poderoso (0:57 min.)
34. Quadro 31: Expulsar
espíritos malignos (1:25 min.)
35. Quadro 32: Tentação (0:57
min.)
36. Quadro 33: Se o nosso
pecado (1:05 min.)
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Weru, cuja mãe era Wayafi. Aldeia Casa Nova
Foto:
Fabiana Maizza, 2004
Canções Jarawara
Número do Programa: A34381
Nome do Idioma: Jarawara
Nome do Idioma: Jarawara
Duração do Programa: (58:18 min.)
1. Joã0 Batizou Jesus (2:39
min.)
2. Ele ressuscitou (1:45
min.)
3. Jonas (5:07 min.)
4. Espírito de Deus (5:30
min.)
5. Você gosta de Deus (3:05
min.)
6. As coisas erradas que
você faz (3:16 min.)
7. Deus falou para nós
ouvir (3:33 min.)
8. Este é o lugar de Deus (4:14
min.)
9. Jesus nasceu em Belém (1:33
min.)
10. Jesus é forte (3:52
min.)
11. Aleluia (2:13 min.)
12. Vamos embora (2:08
min.)
13. Deus nos fez (2:07
min.)
14. Deus disse: "Haja
luz" (2:03 min.)
15. Deus fez o sol (2:08
min.)
16. Jonas chamado por Deus (2:53
min.)
17. Conheçamos Jesus (1:47
min.)
18. Espírito de Deus
(Dueto) (2:39 min.)
19. Espírito de Deus (Solo)
(2:00 min.)
20. Jesus é forte (3:36
min.)
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Homem Jarawara. Torrando farinha na aldeia Casa Nova
dos Jarawara.
Foto: Peter Schröder, 2000
Tanieo Tamine [Histórias de Daniel] Jarawara
Número do Programa: A64955
Nome do Idioma: Jarawara
Nome do Idioma: Jarawara
Duração do Programa: (16:25 min.)
1. Tanieo Babironia ya. -
Daniel 1:1- 19, 2:1-48 (Daniel na Babilônia) (9:07 min.)
2. Yifo hime tona hoti. -
Daniel 3: 1-30 (A fornalha ardente) (7:18 min.)
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Jovens Jarawara. Aldeia Siraba.
Foto: Fabiana Maizza, 2005
Yona taminematamona amaka [O livro de Jonas]
Número do Programa: A65205
Nome do Idioma: Jarawara
Nome do Idioma: Jarawara
Duração do Programa: (25:35 min.)
1. Introdução (0:54 min.)
2. Jonas 1 (6:13 min.)
3. Jonas 2 (1:53 min.)
4. Jonas invocou a Deus (2:53
min.)
5. Jonas 3 (4:04 min.)
6. Jonas (Canção) (5:07
min.)
7. Jonas 4 (4:28 min.)
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Jovens Jarawara. Aldeia Casa Nova.
Foto: Fabiana
Maizza, 2006.
Ethnologue
Jamamadí:
uma língua do Brasil
ISO 639-3 jaa
Nomes alternativos: Canamanti, Kanamanti, Madi, Yamamadí
População: 800 (Moore, 2006). 220 Banawá Yafi (Kitiya) principalmente
monolíngues; 160 Jarawara étnica, também principalmente monolíngues
(Crevels, 2007).
Localização: Estado do Amazonas: Jaruara; Município de Lábrea, 7
aldeias; Área do rio Banawá; outros espalhados.
Mapas de idiomas: Brasil central; Central do Brasil Central
Status da linguagem: 4 (Educacional).
Classificação: Arauan, Jamamadi
Dialetos: Bom Futuro, Jurua, Pauini, Mamoria (Mamori), Cuchudua (Maima), Tukurina,
Jaruára (Jarawara, Yarawara), Kitiya (Banauá, Banavá, Banawá, Banawa Yafi,
Jafí). Outros grupos chamados, Jamamadí, são mais parecidos com
Kulina [cul] ou Dení [dny] . O dialeto Tukurina pode ser um idioma
separado.
Tipologia: OSV.
Uso da linguagem: Vigoroso. Serviços religiosos, cartas. Todas as
idades. Também usam português [por] .
Desenvolvimento da linguagem: Taxa de alfabetização em L1: Jamamadí 60% -100%; Jaruára
50%; Kitiya 1%. Taxa de alfabetização em L2: Jamamadí 75%
-100; Jaruára 5% -15%; Kitiya 5%. Dicionário. Porções da
Bíblia: 1991-2007.
Recursos de Idiomas: Recursos OLAC em e sobre Jamamadí
Escrevendo: Escrita latina [Latn] .
Outros comentários: Os indígenas querem uma escola. Religião cristã, tradicional.
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Jovens Jarawara. Aldeia Casa Nova.
Menina guiando irmã
em recluso para tomar banho.
Foto: Fabiana Maizza, 2004
Povos Indígenas no Brasil
Introdução
Os Jarawara pertencem aos povos
indígenas pouco conhecidos da região dos rios Juruá e Purus. Eles falam uma
língua da família Arawá e habitam apenas a Terra Indígena Jarawara /Jamamadí / Kanamanti,
que é constantemente invadida por pescadores e madeireiros.
Casas Jarawara na aldeia Casa Nova.
Foto: Peter Schröder, 2000
Nome e
localização
O nome Jarawara pode também ser
escrito Jarauara, Yarawara e ainda Jaruára, sendo a primeira forma (Jarawara) a
mais utilizada. Quando perguntados como se autodenominam, eles dizem que eles
mesmos se deram nome “e yokana”, que literalmente significa “pessoas de
verdade” (Vogel 2006), mas que eles traduzem como “pessoal mesmo”.
Constituíam, em 2006, um grupo
pequeno de aproximadamente 180 pessoas, vivendo na terra indígena
Jarawara/Jamamadi/Kanamanti, homologada em 1998 e situada no médio Purus, entre
os municípios de Lábrea e Tapauá. Em
2010 a população Jarawara atingiu 218 pessoas. O território em que habitam há
pelo menos oitenta anos corresponde a um terço do total da terra indígena,
também habitada pelos Jamamadi/Kanamanti, e abrange regiões de terra firme e de
transição com a várzea (Schröder 2002: 85).
O nome da etnia Jarawara não
aparece, ao contrário dos outros grupos da região, em nenhum documento
histórico sobre o rio Purus. Assim, não podemos saber, por meio deste tipo de
fonte, a origem desta população. Por outro lado, os próprios índios afirmam
terem vindo do “Alto Purus, do Acre”, ou seja, eles desceram o rio até chegarem
onde estão atualmente. Baseando-nos em relatos biográficos, podemos supor que
eles moram na área, hoje homologada, há pelo menos oitenta anos, mas é difícil
determinar com exatidão as datas, pois a memória histórica parece acompanhar a
memória genealógica que, como em diversos povos indígenas, não ultrapassa duas
gerações superiores a atual. Eles relatam que “os seus avós disseram que os
avós deles disseram que” vieram do Alto rio Purus e se instalaram na região.
Mais recentemente, há
aproximadamente sessenta anos, muitos Jarawara se casaram com membros de um
“outro povo” chamado Wayafi, que falava a mesma língua, compartilhava grande
parte da mitologia com eles e chegou na região fugindo dos Apurinã. Por isso,
eles se declaram “misturados de duas gentes, Jarawara e Wayafi”. Os indivíduos
que hoje estão na faixa dos cinquenta anos de idade sabem perfeitamente quem
descende de quem, pois são justamente suas mães e pais que eram Wayafi ou que
se casaram com os Wayafi. A diferença entre os dois grupos, apesar de marcada
pelos adultos, não parece ter nenhuma consequência sociológica. Acreditamos que
os Wayafi e os Jarawara fossem antigamente subgrupos de uma mesma etnia, mas
não temos como comprovar.
Dança Jarawara. Yowiri: danças e cantos das mulheres
Língua
Falam a língua jarawara, da
família linguística Arawá, bastante parecida com as línguas (também da mesma
família) dos Jamamadi e dos Banawa-yafi com quem se comunicam facilmente se
necessário. No entanto, a entonação e a maneira de falar é nitidamente
diferente, sendo o jarawara mais veloz e menos nasal que as outras duas
línguas. Apenas dois ou três homens falam fluentemente o português.
A língua foi estudada em
profundidade pelo linguista-missionário Alan Vogel e por Robert Dixon, que
publicaram diversos artigos, teses e livros sobre o assunto. A ortografia
jarawara consiste em onze consoantes (b, t, k, f, s, h, m, n, r, w, y) e apenas
quatro vogais (a, e, i o) e foi elaborada em 1988 por membros do Sociedade
Internacional de Linguística (SIL), levando em conta sobretudo a ortografia
jamamadi, que tem praticamente o mesmo inventário fonêmico (Vogel 2006: 45).
Comunidade Jarawara.
Aldeia Casa Nova, jogo de voley
no fim de tarde.
Mito de
origem
Os mitos Jarawara abordam temas
bastante diversificados entre si: as localizações geográficas, as
transformações de pessoas em animais, as atividades dos monstros, espíritos
benfeitores e malfeitores, o casamento e a traição, o xamanismo, os inimigos e
os heróis míticos, as normas sociais e morais, as guerras e a vingança, as
atividades de caça, pesca e coleta
Arte Jarawara. A menina pintada para os dias de
festa.
No mundo
dos brancos
O contato com os “brancos” data de
mais de cem anos, e o trabalho nos seringais para os patrões regionais
extinguiu-se por completo a não mais de quarenta anos. Da população atual,
todos os indivíduos adultos conheceram a exploração do sistema de aviamento, no
qual os brancos ofereciam as mercadorias em adiantamento, e, em seguida, os
índios passavam meses nos seringais para quitar suas dívidas, sempre
controladas pelos primeiros. Nesta época, os movimentos e mudanças de aldeias
estavam, entre outros fatores, ligados aos lugares de extração e às ordens dos
patrões. Os homens construíam casas precárias no meio da floresta, chamadas
regionalmente de “centros”, e lá passavam semanas trabalhando, enquanto suas
mulheres e filhos esperavam nas aldeias, relativamente próximas às residências
dos patrões.
Desse tempo ficaram os rancores e
a desconfiança dos Jarawara com relação aos brancos. Hoje eles afirmam que os
jovens devem aprender português e matemática para nunca mais ser explorados. De
fato, praticamente todos os jovens e crianças, apesar de nem sempre falarem
português, são alfabetizados na língua jarawara pelos professores indígenas e
sabem pelo menos somar e subtrair. Isto não impede que ainda sejam iludidos por
alguns comerciantes, mas, na maioria das vezes, são respeitados, sobretudo no
que diz respeito às despesas mais importantes, como a compra de motores de
barco, de bicicletas, etc., sempre efetuadas pelo intermédio dos poucos homens
que falam com fluência o português.
As compras acontecem na cidade de
Lábrea, que eles visitam no início de todo mês, quando os professores e agentes
de indígenas de saúde (AIS) vão receber seus salários e quando é depositada a
aposentadoria dos mais velhos pelo INSS. Nas idas à Lábrea, praticamente a
comunidade inteira se desloca para cidade, ficando na Terra Indígena apenas
algumas pessoas idosas e as mulheres solteiras com filhos pequenos. Trata-se de
um momento importante para ver os parentes que moram em outras localidades e
também para “passear” e não trabalhar. Mas eles permanecem em Lábrea apenas
enquanto tem dinheiro, o que raramente ultrapassa três dias. Nestas breves
passagens pela cidade, eles se abastecem dos produtos industrializados
indispensáveis, como sabonete, pilha, detergente, fósforo, café, sal e açúcar,
e ficam a maior parte do tempo entre si, conversando apenas com os poucos
comerciantes que conhecem ou com os funcionários da Funasa, Funai, Opimp
(Organização dos Povos Indígenas do Médio Purus) e Opan (Operação Amazônia
Nativa). No entanto, diversos homens apreciam bastante a cachaça e as
bebedeiras não são raras. Uma vez bêbados, eles se tornam alvo de pequenos
roubos, tanto pelos delinquentes locais como pelos comerciantes dos bares.
Alguns homens frequentam os prostíbulos localizados na beira do rio. Estes
“desvios de conduta” não passam despercebidos pelo resto da comunidade
Jarawara, sobretudo quando resultam em violência conjugal. Os comentários e
fofocas a respeito de todos aqueles que bebem ou não voltam cedo para casa com
suas esposas se espalham rapidamente, e os “culpados” são prontamente
reprimidos por todos.
Os Jarawara possuem mais de quatro
casas na cidade que pertencem àqueles que as compraram (ou ganharam, como é o
caso do cacique da aldeia Casa Nova), mas que abrigam todos os membros da
aldeia em que seu dono mora quando estes chegam para suas visitas mensais.
Estas residências permanecem fechadas quando eles estão na Terra Indígena, e
são frequentemente arrombadas e assaltadas. Quando se trata de objetos
importantes, os Jarawara encontram os ladrões com a ajuda dos vizinhos e vão
pessoalmente ameaçá-los com frases do tipo “eu sou índio bravo mesmo, como o
meu pai, se você roubar aqui de novo, eu vou te matar”, que surtem um efeito
momentâneo, pois os habitantes da cidade mantêm, sobre os Jarawara, uma imagem
de índios violentos e sanguinários, devido a acontecimentos ocorridos na região
no início e na metade do século XX, e que se tornaram lendas locais.
Da mesma forma, a Terra Indígena
onde vivem é constantemente invadida por pescadores e madeireiros. É bastante
comum os homens, ao voltarem da caça ou da pesca, dizerem que viram estranhos.
Isto é motivo de grande revolta para os Jarawara, que fazem reuniões regulares
nas quais visam discutir o que deve ser feito para acabar definitivamente com a
entrada de não-índios em suas terras. Todas as reclamações e interações entre
eles e as instituições governamentais e as organizações não-governamentais são
dirigidas por três indivíduos: o cacique da aldeia, o professor indígena e o
agente indígena de saúde (AIS), que são os representantes dos Jarawara no mundo
dos brancos.
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