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segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Isolados: Último Remanescente (Brasil Repórter)

 Morre o último remanescente de um grupo indígena isolado na Amazônia

O homem morava na Terra Indígena Tanaru, no estado de Rondônia.


 


A Fundação Nacional do Índio (Funai) anunciou a morte, na última terça-feira (23), do indígena que vivia isolado na Terra Indígena Tanaru, no estado de Rondônia. Conhecido como o "Índio do Buraco", o homem foi o último remanescente de um grupo étnico não identificado que foi massacrado na década de 1990.  

O indígena era monitorado pela Funai há 26 anos. De acordo com a fundação, a equipe da Frente de Proteção Ambiental do Guaporé encontrou seu corpo em uma rede dentro da cabana onde morava. Um laudo pericial foi realizado pela Polícia Federal com a presença de peritos do Instituto Nacional de Criminalística de Brasília e o apoio de peritos criminais da cidade de Vilhena. A análise foi acompanhada por funcionários da Funai.

Não havia sinais de violência no local. "Os pertences, utensílios e objetos de uso habitual dos indígenas estavam em seus respectivos lugares. Dentro da cabana havia dois pontos de fogo perto de sua rede", diz a nota do órgão. Segundo a Funai, que lamentou profundamente a perda, a morte aparentemente ocorreu por causas naturais.

Os moradores isolados da região foram alvo de vários ataques durante as décadas de 1980 e 1990. O grupo desse índio, que já era pequeno, acabou sendo dizimado e saindo como o único sobrevivente do homem, cuja característica marcante era cavar buracos dentro das cabanas onde morava.

A Funai tentou contato com o índio até ficar claro que ele não queria que ele se aproximasse dele. Assim, desde 2005, só tem sido monitorado pelas equipes da agência. Os servidores às vezes lhe deixavam ferramentas e sementes nos lugares por onde ele passava.

 

Agência Brasil Repórter – Brasília

29 de agosto de 2022 - 09:47hs

Por Daniel Mello